25/08/2016

Opinião | A Herdeira | Kiera Cass

A Princesa Eadlyn cresceu a ouvir histórias intermináveis de como a sua mãe e o seu pai se conheceram. Vinte anos antes, America Singer entrou na Selecção e conquistou o coração do Príncipe Maxon – e viveram felizes para sempre. Eadlyn sempre achou romântica esta história de encantar, mas não tem qualquer interesse em tentar repeti-la. Por si, adiaria o casamento tanto tempo quanto possível.
Mas a vida de uma princesa não é inteiramente sua e Eadlyn não pode escapar à sua própria Selecção – por mais fervorosamente que proteste.
Eadlyn não espera que a sua história acabe em romance. Mas com o início da competição, um candidato poderá acabar por conquistar o coração da princesa, mostrando-lhe todas as possibilidades que se encontram à sua frente… E provando-lhe que viver feliz para sempre não é tão impossível como ela pensou.
Já todos conhecemos a história de America e Maxon, os pais desta herdeira Eadlyn e de mais três filhos, um deles gémeo de Eadlyn. Desde o princípio que Eadlyn se ressente por ter de ser ela a a gémea que nasceu uns segundos antes e que carrega nos ombros a responsabilidade de um dia ser a Rainha. Talvez por esse facto, e apesar de já ter dezoito anos, ela passe uma imagem de ser uma miúda mimada, intransigente e insensível que se mantém à distância de tudo e de todos. Sinceramente, e apesar de ela ter mudado de comportamento ao longo do livro, não me parece que Eadlyn vá conquistar os corações dos leitores com a mesma facilidade que a mãe conseguiu nos três livros anteriores. Também America dava a ideia de ser uma jovem completamente à parte de tudo o que significava fazer parte da Selecção para conquistar o coração do Príncipe Maxon, mas ela conseguiu mesmo conquistar-nos, aos poucos e mostrando que merecia ser a Escolhida. 
Os tempos que correm no Reino estão longe de serem os melhores, apesar de Maxon ter acabado com as castas e tudo o que elas implicavam. Ao longo de vinte anos de reinado, Maxon conseguiu uniformizar a sociedade e, contava que, com isso, a paz fosse reinar por muito tempo. No entanto, ainda existe muito preconceito e parece-me que alguma indisciplina. Maxon já não sabe o que fazer para resolver todos os conflitos e guerrilhas que vão surgindo há já algum tempo e é aí que Eadlyn pode fazer a diferença. Já há vinte anos que não havia uma Selecção, só que agora e pela primeira vez é para encontrar um marido para a Rainha e não o contrário. A questão é que, Eadlyn não tem qualquer interesse em fazer parte dessa Selecção que desviará as atenções do povo para que assim Maxon possa pensar em algo que resolva as questões mais urgentes do reino. É natural que para Eadlyn seja difícil e até mesmo impensável pensar em casar. Não tem qualquer à vontade com rapazes que não sejam os seus irmãos e não sente que precise de um homem para poder governar, quando se tornar Rainha. Esta Selecção tem muito que se lhe diga porque ela é implacável com os rapazes mais atrevidos e ao longo do livro consegue mudar de atitude e olhar para os que ficaram, de uma forma mais terna e simpática. No final do livro acabei por conseguir começar a gostar um pouco da garra que Eadlyn demonstra e pela capacidade que ela tem de ir abrindo o seu coração aos poucos a cada um dos que ficaram no palácio. Foi muito bom rever America, Maxon, Aspen (agora tornado General das "tropas" reais) e já tenho o meu preferido para conquistar de uma vez por todas o coração (já não tão inflexível) da nossa princesinha. Como sempre, adorei a forma leve, bem humorada e fluída com que Kiera Cass já nos habituou e estou ansiosa para saber quem será o escolhido a dividir a sua vida e o seu coração com Eadlyn. Espero que seja o mesmo que estou a pensar e se for...... 
Não percam (nem pensar nisso) mais este livro *delicioso* (apesar do mau feitio da princesa)

(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Marcador em troca de uma opinião sincera)

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