30/09/2015

Opinião "Aquele Beijo" de Julia Quinn

Gareth St.Clair vive momentos difíceis. Após a morte do irmão, passa a ser o único herdeiro da fortuna do pai. Infelizmente, o ódio deste por Gareth é tanto que prefere desbaratar o seu património a vê-lo nas mãos do filho. Resta-lhe como legado um velho diário, escrito pela avó paterna, que poderá conter os segredos do seu passado e a chave para o seu futuro. O único problema é que… o diário foi escrito em italiano, uma língua que o jovem não domina de todo.
Por um golpe de sorte, Gareth conhece Hyacinth Bridgerton, a mais jovem menina do conhecido clã, que nunca recusa um desafio, embora o seu italiano deixe muito a desejar. Além disso, Gareth intriga-a, pois parece estar sempre a rir-se dela.
Juntos, embrenham-se nas páginas do velho diário, mas aquilo que vão descobrir transcende as palavras escritas em papel, e manifesta-se sob a forma de um simples - mas inesquecível - beijo

A Minha Opinião
*Pode Conter Spoilers*
5*****

Tenho de ser sincera e dizer-vos que estava ansiosa para ler este livro. Pelos volumes anteriores que sempre nos deram algumas "visões" do temperamento da Hyacinth e que nos fazia antever que quando chegasse à altura de nos debruçarmos sobre a história desta personagem, muitas risadas iríamos dar. Pela sua personalidade forte e arrojada, pela forma como ela aborda todos os assuntos, sem qualquer pingo de vergonha de dizer o que pensa, não interessa quem atinja ou não. Fez-me imenso lembrar a nossa querida *velhota* Lady Danbury.
No geral e foi por isso que dei as cinco estrelas, foi um livro recheado de cenas hilariantes que me fizeram rir a bom rir nos momentos em que estava mais em baixo. 
Como seria de esperar, Hyacinth mostrou ser uma mulher de garra, que sabe o que quer e a uma certa altura ela resolve que quer Gareth neto, precisamente de Lady Danbury (que conveniente). Embora no início eles tenham chocado (personalidade fortes costumam chocar uma com a outra), não tardou muito a que vissem que eram perfeitos um para o outro. Ela inteligente e mordaz e ele divertido, tolerante (não fosse estar habituado com a avó) e atento. Cedo tornou-se óbvio que estes dois tinham sido feitos um para o outro. A caça ao tesouro serviu apenas como um "empurrão" para que eles se apercebessem disso. Um rol de acontecimentos que já vinham do passado e que nos fazem perceber porque razão o "pai" de Gareth não gostava dele e já não se falavam (bem) há mais de dez anos. Gareth, apesar de ser um jovem cheio de vida e de energia, sempre foi recusado pelo suposto pai e ainda piorou depois da morte do seu filho primogénito. Que pai renega o seu próprio filho? Se calhar um pai que não o é... talvez! Gareth sempre foi aquele que não teve qualquer tipo de afecto paternal e o único amor que recebia era da avó Danbury. Por essa razão sempre foram muito unidos. Achei muito ternurento a forma como ele tratava a velhota rezingona.
Achei que Julia Quinn estve, mais uma vez, irrepreensível no que toca a "juntar" personagens perfeitas e criar ambientes e disposições para que o amor entre ambos florescesse ao seu ritmo. 
Como não podia deixar de ser... Recomendo!!

Vera Neves
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Asa, em troca de uma opinião sincera)


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